segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O novo manifesto udenista dos herdeiros de Magalhães Pinto

Comecei a ter convicção da vitória de Hélio+Patrus ao ler um "manifesto" encabeçado por alguns ex-alguma coisa (ex-deputado, ex-jornalista, ex-conselheira...) que pretendem "alertar o povo" contra a eleição do candidato de oposição ao governo de Minas. É o mesmo tom desesperado da campanha do Zé Serra. É o velho discurso eloquente e vazio dos udenistas.
Eles pretendem falar em nome de Minas, mas, curiosamente, não percebem que associam seus nomes não ao de Tancredo Neves, e sim ao do seu inimigo histórico, Magalhães Pinto, que marchou com os militares no golpe de 64. Repetem o mesmo discurso salvacionista anticorrupção que justificou 21 anos de ditadura. Só faltam repetir o lema de Carlos Lacerda contra a eleição de Juscelino Kubitschek: "Hélio Costa não pode ser eleito; se for eleito, não pode tomar posse; se tomar posse, deve ser derrubado".
Essa gente que se considera iluminada, pensa que sabe o que é melhor para nós e, como todo moralista autoritário, pretende impedir que sejamos "enganados".
Numa referência provável aos programas sociais do governo federal, que o governo Hélio+Patrus trará para Minas, o manifesto diz que não precisamos de "esmolas", mas de "trabalho e dignidade".
Será que ignoram os avanços sem precedentes do governo Lula, seu reconhecimento internacional, sua aprovação popular? Provavelmente se informam pelo PIG (Partido da Imprensa Golpista).
É muita cara de pau falar em ética, honestidade, compromisso. Onde estava essa gente nos últimos oito anos, enquanto o governo Aécio mantinha a imprensa sob censura?
Tudo isso para quê? Para defender os interesses das elites e oligarquias políticas e impedir a eleição de um governo que tem compromisso com os interesses populares como nenhum antes em Minas Gerais.
Não deve ser só cara de pau, deve ser o desespero que toma conta da campanha de Anastasia, como tomou conta da campanha do Zé Serra.