quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Em defesa da liberdade de expressão! A praça é do povo! Espaço público é público!



O prefeito Lacerda, de Belo Horizonte, faz escola em Porto Alegre. Polícia militar interrompe apresentação do grupo de teatro Levanta Favela na Esquina Democrática, na capital gaúcha, no dia 16 de outubro, e tenta prender artistas. Lá, como aqui, trata-se de um atentado à liberdade expressão, que é um direito constitucional. Aconteceu o mesmo com a poeta Telma Scherer, na Feira do Livro, no dia 12 de novembro. A polícia (lá eles chamam de BG, brigada militar) interrompe a apresentação, manda que os artistas se identifiquem, conduz à delegacia para que eles sejam "identificados". Em Belo Horizonte, a Praça da Estação foi privatizada, é preciso pagar para se apresentar lá. O Grupo Galpão, um dos melhores do país, reconhecido internacionalmente, nasceu apresentando-se na rua, nos anos 80. Hoje isso não seria mais possível, porque os espaços públicos estão sendo privatizados pelos governos neoliberais. A reação dos atores do grupo Levanta Favela é exemplar. A defesa da cidadania, a defesa da liberdade de expressão, a defesa dos direitos individuais, a defesa dos direitos dos comuns contra a autoridade cada vez mais autoritária da polícia. E inconstitucional. Filmar e divulgar na web faz parte desse exercício da cidadania e da defesa dos direitos conferidos pela Constituição.