terça-feira, 30 de março de 2010

O menor osso

O menor osso do corpo humano é o estribo, que fica no ouvido e mede 2,5 mm.

A destruição do passado

"A destruição do passado – ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas – é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem." (Eric Hobsbawm, Era dos Extremos – o breve século XX)

segunda-feira, 29 de março de 2010

Crianças desaparecidas

Frequentemente recebo por e-mail mensagens sobre crianças desaparecidas. Hoje recebi mais uma. Parece uma questão grave. Crianças não somem à toa, há razões obscuras. É fato que nossa sociedade oficial dá cada vez menos importância e atenção às crianças. Não conheço programas estatais que tratem do assunto. Há iniciativas da sociedade dedicadas a encontrar crianças desaparecidas. Iniciativas como cartazes, fotos em embalagens etc. me parecem pífias. Nada pode tocar mais um adulto do que uma criança desaparecida. Como somem essas crianças? O que acontece com elas? Para onde vão? Nunca li uma boa reportagem investigando o tema.

Transgênicos e Ades

A soja é um alimento superrecomendado, pelos seus benefícios para a saúde, mas suspeitamos e tememos que estamos consumindo espécies transgênicas. Fiz uma consulta por e-mail à Ades e recebi a seguinte resposta.

Olá, Carlos!
Ficamos felizes em saber do seu interesse pelos produtos da marca AdeS.
Respondendo a sua pergunta, os produtos AdeS não contêm ingredientes transgênicos em sua composição.
Nosso atendimento continua à sua disposição. Entre em contato sempre que desejar.
Abraços,
Betania B. Gattai
Serviço de Atendimento ao Consumidor
Unilever Brasil Ltda.
sac@ades.com.br

Fica aqui o registro. O destaque é meu.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Brasileiro trabalha muito

Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que mais da metade dos brasileiros (52,8%) trabalham mais de 44 horas semanais (referência legal): 33,7% na faixa entre 44 horas e 48 horas e 19,1% encaram jornada superior a 48 horas semanais. Apenas 23,1% têm jornada inferior a 35 horas por semana.
A íntegra está no Repórter Brasil:

quarta-feira, 24 de março de 2010

Agricultura orgânica é viável

Economista diz que a agricultura orgânica é economicamente viável, avalia efeitos positivos e negativos do agrotóxico, analisa a saúde do trabalhador rural e aponta alternativas econômicas e tecnológicas.

terça-feira, 23 de março de 2010

O preconceito de jornalistas, acadêmicos e até escritores ilustres contra Lula

Antigo, mas continua valendo.

A linguagem do preconceito no jornalismo brasileiro
Bernardo Kucinski
Virou moda dizer que "Lula não entende das coisas". Ou "confundiu isso com aquilo". É a linguagem do preconceito, adotada até mesmo por jornalistas ilustres e escritores consagrados. 
Um dia encontrei Lula, ainda no Instituto Cidadania, em São Paulo, empolgado com um livro de Câmara Cascudo sobre os hábitos alimentares dos nordestinos. Lula saboreava cada prato mencionado, cada fruta, cada ingrediente. Lembrei-me desse episódio ao ler a coluna recente do João Ubaldo Ribeiro, "De caju em caju", em que ele goza o presidente por falar do caju, "sem conhecer bem o caju". Dias antes, Lula havia feito um elogio apaixonado ao caju, no lançamento do Projeto Caju, que procura valorizar o uso da fruta na dieta do brasileiro.
"É uma pena que o presidente Lula não seja nordestino, portanto não conheça bem a farta presença sociocultural do caju naquela remota região do país", escreveu João Ubaldo. Alegou que Lula não era nordestino porque tinha vindo ainda pequeno para São Paulo. E em seguida esparramou citações sobre o caju, para mostrar sua própria erudição. Estou falando de João Ubaldo porque, além de escritor notável, ele já foi um grande jornalista.
A íntegra:
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/01/409811.shtml

segunda-feira, 22 de março de 2010

A Cidade Administrativa

A obra mais ousada do Aécio

Leio que o governador Aécio Neves não convidou a igreja para dar a benção à Cidade Administrativa, como é de praxe na política brasileira, desde 1500.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Craque

Quando a gente pensa que o futebol acabou, aparece Neymar.

sábado, 13 de março de 2010

Tevê antiga e zapear

Antigamente, quando havia apenas a tevê aberta e poucos canais, éramos habituados a ver determinados programas. Era uma espécie de ritual: sentar para ver o jornal das oito, sentar para ver a novela, ligar a tevê para o programa ou o seriado, em determinado canal e determinado horário. A tevê por assinatura mudou isso ao nos oferecer grande número de canais e aparente variedade. Digo aparente, porque na prática a oferta é pouco variada e de baixa qualidade. Nosso hábito diante da tevê não é mais o mesmo; agora ligamos, sentamos diante dela com o controle remoto na mão e permanecemos várias horas trocando de canal, vendo uma coisa e outra, até nos cansarmos. É o que se chama zapear. No final da jornada, nem nos lembramos do que vimos.

Tevê e internet

A internet nos acostuma a um novo hábito de obter informação e entretenimento que torna a televisão obsoleta. Queremos, por exemplo, ver uma notícia ou ver os gols de um jogo na televisão, mas temos de esperar o horário do programa e a notícia específica. Isto nos faz trocar de canal permanentemente em busca do que queremos e ainda ver muitas notícias que não nos interessam, enquanto esperamos. A internet mudou isso; na rede, ligamos, acessamos, buscamos e ficamos sabendo. Se desejarmos, vemos de novo, vemos em outras fontes. Esta é uma grande mudança, que nos torna ativos, na internet, como não somos na televisão, e muda nosso comportamento em relação a esta, pois ela não nos atende e nos irrita.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Aécio gasta R$ 3,8 bilhões em duas obras

A Cidade Administrativa foi orçada em R$ 550 milhões, quando ainda se chamava Centro Administrativo e seria construída no Aeroporto do Carlos Prates. Está saindo por R$ 1,2 bilhão, segundo o governo, R$ 1,689 bilhão, segundo a Folha, mas ainda assim não é, nem de longe, a obra mais cara do governo Aécio. Esta é o Proacesso, programa de asfaltamento de estradas. Orçado inicialmente em R$ 1 bilhão, ele já consumiu R$ 2,2 bilhões. É uma herança de dívidas que o governador, prestes a deixar o cargo, deixa para muitos e muitos sucessores. O artigo é de José de Souza Castro e está no sítio NovaE.

http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1445

terça-feira, 9 de março de 2010

Supremo mantém preso homem que furtou R$ 10,95 em roupas e devolveu

Aconteceu ontem, 8 de março, e a decisão foi da ministra Ellen Gracie. O pobretão cumpre pena de um ano e meio. O defensor público queria habeas corpus, aquele benefício que o Supremo concede aos ricos. Bateu na porta errada, é óbvio. Supremo não é juizado de pequenas causas, é só para figurões, que furtam grandes somas, em geral dos cofres públicos. 

sábado, 6 de março de 2010

O artigo do Serapião, na Folha

Estou longe de ter o conhecimento técnico que o arquiteto demonstra neste artigo, mas desconfio das soluções mágicas brindadas pela unanimidade da mídia e que implicam em gastos fabulosos dos governos e beneficiam empreiteiras. Neste caso, a crítica da Folha não tem o dedo do Serra, pode-se dizer até que é contra o dedo do governador tucano. Se há o que criticar nesta crítica é só ser publicada agora, quando o mal já está feito. A Cidade Administrativa, por ser obra do Aécio, a quem muitos querem como o político capaz de unir qualidades dos dois lados da política brasileira, é um exemplo didático das diferenças entre petistas e tucanos. Enquanto Lula (e antes dele, em Belo Horizonte, Patrus e seus sucessores) faz obras cujo valor só aparece na popularidade do presidente, uma vez que atendem às massas pobres, que não têm voz, os tucanos continuam realizando obras festejadas pela mídia, que enriquecem os empresários e deixam uma herança de velhos problemas para a sociedade. 

Ao mirar o futuro, Aécio acertou o passado
Fernando Serapião, especial para a Folha

Na gravura "O quarto do arquiteto", de Lina Bo Bardi, a arquiteta do Masp criou uma cena com armário entreaberto, mesa com cadeira e uma prateleira. Os personagens são maquetes de edifícios em diferentes estilos. Uma possível interpretação irônica da obra é que os arquitetos possuem soluções guardadas nas gavetas e as utilizam conforme a necessidade. Lembro-me disso diante da nova obra de Oscar Niemeyer.
A Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves é composta por cinco edifícios, encomendados pelo governador Aécio Neves para reunir no extremo norte de Belo Horizonte mais de 40 órgãos estaduais. São três motivos alegados: induzir o desenvolvimento da região, diminuir despesas (principalmente aluguéis) e facilitar a gestão com a convivência entre funcionários. À primeira vista, principalmente se observado por dentro, tudo é uma maravilha: os móveis são novos, os equipamentos, sofisticados, e os espaços, confortáveis -como nas melhores empresas privadas.
Contudo, do ponto de vista arquitetônico não há novidade. O prédio mais imponente abriga o gabinete do governador. É um edifício envidraçado de quatro andares que fica pendurado por estrutura externa. Com mais graça, tal solução foi utilizada por Niemeyer há 40 anos para uma editora na Itália.
Louvando o novo prédio, o arquiteto e o calculista afirmam que ele é "o maior edifício suspenso do mundo". E daí? Eles se vangloriam como se o ineditismo técnico fosse de suma importância para o futuro da humanidade. Gastando energia em retórica desgastada, Niemeyer deixa de lado questões atuais como a eficiência energética - o complexo tem a maior área de vidros da América Latina. Fachadas envidraçadas voltadas para as faces ensolaradas, por exemplo, é um erro primário que exigirá mais energia do ar-condicionado. 

Os dois edifícios maiores são destinados às secretarias. Gêmeos, eles são gigantescos e curvos - e também foram retirados das "gavetas" do arquiteto. Eles têm proporção semelhante de um hotel em Petrópolis, desenhado em 1950. Por fim, além de um auditório pouco gracioso, o conjunto é completo por um centro de convivência, com restaurantes e lojas, que pretende substituir a rua - o espaço primordial de convivência urbana.
E é justamente aí que está o maior problema. Se a arquitetura é requintada, a ideia de pensar em centro administrativo longínquo é tão nova quanto o bonde. Urbanisticamente, é um desastre. O governo deveria permanecer na região central, renovando edifícios subutilizados e incrementando a vida urbana. 

Ao deixar os edifícios da praça da Liberdade para atividades culturais, serão empobrecidos o uso e a diversidade local. Se na era da revolução das telecomunicações é estranho falar da necessidade do contato físico, para ajudar a desenvolver a periferia seria mais útil financiar transporte coletivo de massa. Claro, daria mais trabalho e menor visibilidade.
Infelizmente, há 50 anos os políticos acreditam na mística de perpetuar-se com um postal de Niemeyer a fim de repetir a trajetória daquele que encomendou Pampulha e Brasília (raríssimos são os que apostam na capacidade arquitetônica de sua própria geração). Aécio Neves cometeu o mesmo erro: mirando o futuro, ele acertou o passado.
 

Fernando Serapião é arquiteto e editor executivo da revista Projeto Design.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Obra marcante. Grande obra?

A inauguração de hoje é uma jogada de grande visibilidade, um marco na administração pública mineira, uma obra que ficará na história. Duplamente, porque cria também o circuito cultural da Praça da Liberdade, nos prédios que ficaram vazios. Aécio, como muitos, repete JK. Daí a ser uma obra que vale a pena, vai uma grande distância. Questão de valor. Fico pensando é em quanto se poderia investir em educação com esse dinheiro, na diferença que esse investimento poderia fazer para o país, para Minas, para Belo Horizonte. Pra mim, grande obra é criar escolas públicas de qualidade em tempo integral para transformar este país em uma geração, mas a quem interessa isso? Não a construtoras nem a caixas de campanha. 
(Foto: Leo Drumond, governo do estado.)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Bóris Casoy vence ação contra garis

Bóris, no Jornal da Band de 31 de dezembro de 2009: "Que merda! Dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras. Dois lixeiros! O mais baixo grau da escala do trabalho!"
Disse a justiça brasileira em 2 de março de 2010: "Dois lixeiros! E ainda querem indenização! Que petulância! Pensam que justiça é para pobres!"

Ipes e Ibad versão 2010

Em seminário promovido pelo Instituto Millenium em SP, representantes dos principais veículos de comunicação do país afirmaram que o PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia. Eles acreditam que se Dilma for eleita o stalinismo será implantado no Brasil. “Então tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação. Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois”, sentenciou Arnaldo Jabor.(Por Bia Barbosa, da Agência Carta Maior)
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16414&boletim_id=652&componente_id=10882Ipes

Águas de março

terça-feira, 2 de março de 2010

A nova enciclopédia

As enciclopédias parecem brincadeira de criança diante da internet. O Google é um índice que contém informações sobre absolutamente tudo. E eu nem consulto em inglês.

segunda-feira, 1 de março de 2010

O jogo de ontem

5 a 2 no Uberlândia também não convence. Os defeitos do Atlético gritam. O segundo gol foi ridículo. Como é que um goleiro pode fazer o que Aranha fez? E o primeiro? Aranha não sabe sair do gol, falhou inúmeras vezes ao longo do jogo. A parelha de beques é lamentável. Cáceres, como disse, é um ex-jogador em atividade, levando bola entre as pernas de garotos. O Atlético devia contratar aquele atacante do Uberlândia, como é mesmo o nome dele? O autor do segundo gol. Coelho, Leandro, Ricardinho, Correa... tudo ex-jogador em atividade. Jonilson, Muriqui... Tardelli parece que está dormindo. Só tem um jogador nesse time que me agrada: Obina. Tem vontade de ganhar, de fazer gol. Tem humildade pra ser simples. É o nosso novo Dario Peito de Aço. Tem um defeito: os juízes medíocres (redundância no Brasil), não sei por que, implicam com ele, vive levando cartão amarelo. Daí para a expulsão e a suspensão automática é um pulo. Juiz é assim, um segue os outros. Se o jogador ganha fama, está perdido. Obina tem de ficar esperto, evitar reclamar, evitar fazer faltas, evitar reagir aos zagueiros violentos que os juizes medíocres protegem.
PS: Tá mais que na hora de promover o Renan Ribeiro, que será o grande goleiro do Galo nos próximos anos.

Vídeo do dia

RCTV, Jabor, Demétrio Magnoli, Reinaldo Azevedo e Opus Dei unidos para melhor servir

O Instituto Millenium promove seminário sobre “Liberdade de Expressão”, com a participação, entre outros, do presidente da RCTV venezuelana, Marcel Garnier, do colunista das Organizações Globo Arnaldo Jabor, do sociólogo Demetrio Magnoli, do jornalista Reinaldo Azevedo, da Veja, e de Carlos Alberto Di Franco, membro da seita Opus Dei.
Artigo de Mário Augusto Jakobskind.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16408&boletim_id=651&componente_id=10871