segunda-feira, 18 de julho de 2011

A gangue da Fifa e suas copas, segundo o New York Times

Só os que lucram com ela (tipo prefeito e prefeitinho) e ingênuos acham que a copa é um presente para o país, para a cidade.

Do Viomundo.
New York Times, sobre a FIFA: "A cultura é a mesma de uma gangue"
Os titãs do futebol mundial estão acostumados às mordomias. Batedores. Proteção policial. Hotéis cinco estrelas. Jantares luxuosos. Diárias de 500 dólares por dia, e 250 dólares adicionais para suas esposas ou namoradas. Os 24 integrantes do comitê executivo da Fifa – a associação que governa o futebol e organiza a Copa do Mundo – formam a elite de um clube masculino, faturando salários e bônus anuais de até 300 mil dólares, além de várias outras mordomias. Para isso, tudo o que precisam fazer é aparecer em alguns encontros privados, anualmente, para discutir regras, sanções e questões legais e, mais importante, para eventualmente votar no país que vai ser sede do campeonato mundial. Agora esta elite está sob pressão como nunca, com um deles, Mohamed bin Hammam, do Catar, acusado de pagar propinas para membros de escalões mais baixos na tentativa de derrubar o antigo presidente da Fifa, Sepp Blatter. Ao mesmo tempo, permanecem em aberto questões sobre como a Rússia e o Catar foram escolhidos para sedes das copas de 2018 e 2022. Mas o topo da Fifa é um santuário tão dourado que poucos especialistas acreditam que a debatida investigação ética interna do caso Bin Hammam, marcada para os dias 22 e 23 de julho em Zurique, vai levar a mudanças fundamentais."Não é [um espaço] democrático, nem governado pela transparência", disse Gunter Gebauer, um professor de filosofia esportiva da Universidade de Berlim, na Alemanha. "É uma cultura masculina de dar e receber e fazer e prestar favores. É uma cultura que em alguns aspectos é a mesma de uma gangue".