quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Jefferson confessa que inventou o mensalão

Tudo não passou de factoide, uma coisa que já faz parte da "grande" imprensa marrom. Corrupção é uma questão simples e óbvia: se não existiu sempre, existe há muito tempo. Faz parte do sistema capitalista, no qual o dinheiro compra tudo. Na ditadura havia corrupção, nos governos Sarney, Collor, FHC e certamente nos governos Lula e Dilma. Há corrupção nos governos federal, estaduais e municipais. Há corrupção no Brasil, nos EUA, na Itália e na China. A corrupção não distingue governos. O que ela distingue é a oposição a governos: quando o governo é de direita sua imprensa se cala, quando o governo é de esquerda, a "grande" imprensa até inventa, se for preciso. Aliás, o chamado PiG se especializou nisso. Por quê? Porque a "moralidade" é a única bandeira que resta à direita incompetente e fascistoide que perde o poder pelo voto. E é uma bandeira que sensibiliza a classe média moralista, que ora se identifica com os ricos que vivem no luxo, ora com os pobres que tentam sair do lixo. E a classe média forma opinião, o que significa que ganhá-la para a bandeira "anticorrupção" é mais tarde ganhar também as classes mais pobres e mais numerosos. É só por isso que a "grande" imprensa trata tanto do assunto, não é por que realmente se importante com ele. Uma coisa é inquestionável: a corrupção é muito menor nos últimos nove anos do que foi antes – primeiro porque está sendo combatida com muito mais rigor, segundo porque, mesmo procurando indícios dela como jamais procurou antes, o PiG acha bem menos e tem de inventar.

Do blog Conversa Afiada.
Jefferson agora nega o mensalão. O PiG vai chorar?
Saiu no twitter da Hildegard Angel:
"Jefferson declara que o tal mensalão não é fato, é 'pura retórica', isto é, não existiu! Uma farsa. O 'tenor' queria apenas as luzes da ribalta." Quem deu credibilidade ao inacreditável Jefferson? Uma imprensa e uns políticos preocupados com suas conveniências e não com fatos. Vergonha!
A seguir, trechos da defesa de Roberto Jefferson ao Supremo:
"Certo é que as acusações contra o Defendente não se sustentam e são claramente improcedentes e destituídas de qualquer fundamento fático. Com efeito e isso a todo tempo ficou dito e mostrado, sem contraste, que o Defendente andou sempre nos limites que a lei garante. Como presidente de partido político, o PTB, formulou acordo para a campanha eleitoral de 2004, eleição de vereadores, vice-prefeitos e prefeitos, com o Partido dos Trabalhadores – PT. Não se tratava aí de apoio ao Governo Federal. A eleição era municipal. No âmbito federal, o PTB apoiou, desde o 2º turno da eleição presidencial, em 2002, o candidato e a coligação que elegeu o presidente Lula, detendo um ministério do governo, o do Turismo, e compondo a base parlamentar de apoio na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Isso é notório."