sábado, 17 de setembro de 2011

PM não bate em protesto de PM

Do blog Jornal Percurso.
PM de SP faz manifestação e interrompe trânsito, mas não é reprimida com violência
Parece que os praças (soldados, cabos, sargentos e subtenentes) da Polícia Militar do Estado de São Paulo resolveram acordar para a vida real e verdadeira. No último dia 12, saíram em passeata pedindo a aprovação da PEC 300 (cria um piso nacional a todas as polícias do Brasil) pela Av. Paulista e interromperam o trânsito, em pleno horário de pico, depois de uma passada na Alesp. Já não era sem tempo, visto a enganação de governos e comandos da qual são vítimas há décadas. Se o praça saiu às ruas para reivindicar, o mesmo não acontece com o oficial, visto as facilidades com que goza dentro dos estados. São salários acima da lei para os membros da ativa, reserva e aos pensionistas, como divulgado por um jornal impresso relativo ao oficialato em São Paulo. Imunidades investigativas e impunidade para crimes praticados ajudam a compor esse rol macabro. O governador soube do caso dos salários, mas colocou panos quentes, ou seja, os oficiais continuam a receber (ação na Justiça) e não devolverão o que foi pago a mais. Claro, o dinheiro público não é dele, não tem dono. Como ele poderia impedir que seus leões de chácara recebessem pelos "bons" serviços prestando/prestados durante a vida na caserna? Mas não é a isso que quero me referir, pois já o fiz em matérias anteriores neste mesmo blog. O que me chamou a atenção foi a passeata e o interrompimento do trânsito na Av. Paulista, em horário de pico, por parte daqueles que, em outras oportunidades, em greves de outros servidores, baixaram o pau nos manifestantes, cujo único objetivo é serem tratados em igualdade de condições aos demais servidores dos escalões superiores, principalmente salarial e nas condições de trabalho. Diante dessa situação extraordinária, pode-se inferir que a ordem para rechaçar com violência qualquer ato público reivindicatório de pessoas simples e humildes organizadas parte dos escalões superiores, ou seja, governos e comandos da PM, uma vez que os próprios praças resolveram sair da apatia para exigir que o governador do Estado cumpra com a sua obrigação ou mesmo a palavra empenhada.
A íntegra.