segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Chamem o Chapolim Colorado!

Quando o próprio PT está a favor da especulação imobiliária, quem poderá nos salvar? O Estado de Minas denuncia e a própria vereadora Neusinha Santos (PT) confirma no seu saite: ela quer a ampliação do edifício do Instituto Hilton Rocha na Serra do Curral. Na verdade, vereadores a serviço do prefeito Lacerda querem mais: liberar construção na orla da Pampulha, em ruas, em áreas verdes, em áreas exclusivas para casas e em todo lugar onde ainda possa ser construído um arranha-céu em Belo Horizonte, a cidade das construtoras. O eufemismo "flexibiliza", que não significa nada, é usado no lugar de verbos mais precisos, como "libera", "aumenta", "autoriza".

Do Estado de Minas.
Projeto que flexibiliza ocupação do solo em BH pode ficar fora da pauta da CMBH
Há três semanas os vereadores tentam sem sucesso encontrar uma solução para o impasse em relação ao projeto de flexibilização A dois meses do fim do prazo para entrega de projetos de obras para a Copa do Mundo 2014, a proposta de lei com benefícios para construção de hotéis, hospitais e centros culturais corre o risco de ficar de fora das votações na Câmara Municipal de Belo Horizonte esta semana. O texto não entrou na pauta da próxima reunião, na quinta-feira, por causa de polêmica em relação à expansão do Instituto Hilton Rocha. Um grupo de vereadores, capitaneado por Alexandre Gomes (PSB) e Neusinha Santos (PT), tenta viabilizar a ampliação do hospital em plena Serra do Curral, no Bairro Mangabeiras, área de proteção ambiental. Depois de ser aprovado em primeiro turno na semana passada, o projeto seria votado em segundo turno na quinta-feira passada. Mas, na última hora, Alexandre e Neusinha apresentaram o substitutivo da discórdia. Isso porque a prefeitura havia fechado as brechas para expansões em zonas de proteção particulares (ZP1), caso da Serra do Curral. Insatisfeitos, no entanto, os dois vereadores reeditaram a flexibilização, que garante o aumento da taxa de ocupação – ampliação horizontal – de 20% para 40%.
A íntegra.