sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O caso do indiozinho queimado por madeireiros no Maranhão

Essa gente é capaz de tudo. O Norte do Brasil é uma terra sem lei.

Da Agência Brasil.
Funai apura caso de criança carbonizada por madeireiros no Maranhão
6/1/2012, Débora Zampier
A Fundação Nacional do Índio (Funai) enviou uma equipe para apurar o caso de uma criança indígena queimada por madeireiros em outubro no Maranhão. De acordo com o órgão, uma equipe está indo de Imperatriz até a Terra Indígena de Arariboia, onde o crime ocorreu. De acordo com a Funai, informações mais precisas deverão ser divulgadas na próxima segunda-feira (9/1/12). O caso teve destaque nesta semana com a ajuda de redes sociais, mas o crime ocorreu em outubro, segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). A criança é da etnia Awá-Guajá, que vive isolada do contato com os brancos e divide o território com outros povos. O assassinato foi denunciado pelo povo Tenetehara, que também vive em Arariboia. Os Tenetahara informam que costumavam ver os Awá-Guajá em caçadas na mata, mas que deixaram de encontrá-los depois que viram um acampamento com sinais de incêndio e com os restos mortais da criança. "Depois disso não foi mais visto o grupo isolado. Nesse período os madeireiros estavam lá. Eram muitos. Agora desapareceram. Não foram mais lá. Até para nós é perigoso andar, imagine para os isolados", diz Luís Carlos Tenetehara. O grupo acredita que os Awá tenham se dispersado para outros pontos de Arariboia temendo novos ataques. Segundo eles, a ação de madeireiros na região têm feito com que os Awá migrem do centro do território para as periferias, ficando sujeitos ao contato com a sociedade. As migrações também são motivadas pela extração madeireira, já que os Awá são essencialmente coletores.
A íntegra.