domingo, 22 de janeiro de 2012

Secretário do Ministério do Planejamento morreu porque não tinha cheque

Hospitais particulares de Brasília negaram atendimento e mostraram o que são: negócios lucrativos, que não têm nada a ver com saúde.

Do saite da CUT.
Duvanier morreu por falta de um cheque caução
20/1/2012
Todos os dias no Brasil morrem doentes nas portas dos hospitais, comprovando a crise que vive a saúde do País. Na maioria das vezes, são hospitais públicos, que em função da falta de investimentos adequados, não conseguem atender a demanda existente. Porém, acontece também em hospitais particulares, que funcionando como empresas capitalistas, barram doentes por não terem dinheiro vivo ou cheque no momento do atendimento. Isso acontece cotidianamente, sem nem ser noticiado. Precisou acontecer com um alto funcionário do governo federal para chamar a atenção do poder público. O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, morreu na manhã de quinta-feira (19/1/12), aos 56 anos, na porta de um hospital particular de Brasília. Após sofrer um infarto agudo do miocárdio quando estava em casa, foi levado aos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia, ambos particulares. Mas, sem um talão de cheques em mãos, para dar o chamado cheque caução, teve o atendimento negado. Ele era conveniado da Geap, plano não coberto pelos dois hospitais. Quando chegou ao Hospital Planalto, o terceiro na busca por uma emergência, o quadro já estava avançado e os médicos não conseguiram reanimá-lo. A presidente Dilma Rousseff ligou na noite dessa quinta-feira para pedir que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, investigue se houve negligência no atendimento. O Ministério da Saúde informou que a Agência Nacional de Saúde Suplementar vai investigar o caso.
A íntegra.