quinta-feira, 22 de março de 2012

256 obras do Orçamento Participativo nas gestões Pimentel e Lacerda continuam na fila

A gente escolhe, mas, há dez anos, desde a gestão Pimentel, as obras do Orçamento Participativo (OP) não saem do papel. Enquanto isso, a prefeitura faz seu OC -- "Obras da Copa". Para agilizar o OP, o secretário Murilo Valadares sugere fazer menos: só de três em três anos... É a lógica do petismo socialista tucano que passou a imperar na PBH a partir do prefeito Pimentel. Em Belo Horizonte, PSDB, PSB e PT são farinha do mesmo saco.

Do jornal O Tempo.
Atraso no OP é culpa da lei brasileira, diz secretário
22/3/2012
Iane Chaves, especial para O Tempo
O secretário municipal de Obras e Infraestrutura de Belo Horizonte, Murilo Valadares, afirmou ontem que a morosidade na viabilização das obras já aprovadas do Orçamento Participativo (OP) é culpa da legislação brasileira. "Para acelerar esse processo, só mesmo mudando o arcabouço jurídico brasileiro. São muitas leis e etapas para cumprir, o que acaba atrasando o andamento das obras", justificou. Segundo ele, seguir as várias etapas, como o projeto-base, o executivo, além da fase de licenciamentos e licitações, torna o andamento das obras lento. O prefeito Marcio Lacerda assinou ontem a ordem de serviço para retomada de 56 obras atrasadas do OP. Porém, outros 256 projetos, escolhidos pela população nos últimos dez anos, continuam na fila. As intervenções autorizadas ontem estão programadas para ser iniciadas neste semestre. O secretário afirmou ainda que, para evitar o amontoado de projetos que não saem do papel, uma alternativa seria ampliar a periodicidade das votações do OP. "Em vez de ser de dois em dois anos (como acontece atualmente), ampliaríamos o prazo para três anos". Somente no OP 2011/2012, foram aprovadas 102 obras. Apenas duas delas tiveram a ordem de serviço assinadas ontem pelo prefeito. "Participamos das votações, acreditamos no projeto, mas a demora é grande", reclamou o morador do bairro Pompeia, na região Leste da capital, João Geraldo de Almeida, 71.
A íntegra.