sexta-feira, 16 de março de 2012

Dilma, a agricultura familiar e o agronegócio

Agricultura familiar não é só uma questão de terra para agricultores pobres e sem terra, é uma questão política fundamental para o século XXI, porque é a agricultura que alimenta a população e produz alimentos saudáveis, sem agrotóxicos, respeitando o ambiente. O oposto da devastação que o agronegócio faz, produzindo monoculturas para exportação. Os governos Lula e Dilma sabem disso, dão algum apoio e fazem discurso correto a favor da agricultura familiar, mas o eixo da agricultura brasileira, que recebe apoio total e o dinheiro que for preciso, é o agronegócio. O maior produtor de soja do mundo, um dos maiores latifundiários do País, ex-governador do MT, hoje senador, Blairo Maggi, é amigão do Lula. (Depois de um dia e meio sem internet. Hoje, a NET nem está atendendo mais as consultas. Deixa esperando com gravação, depois silêncio. É o resultado do monopólio da Globo sobre a comunicação do País.)

Brasil manterá trajetória de democratizar o acesso à terra, afirma Dilma
A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (14/3/12), durante a posse do novo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que o governo manterá a trajetória de democratizar o acesso à terra no Brasil. "Sem sombra de dúvida este país precisa de democratizar, e nós continuaremos nessa trajetória de democratizar o acesso à terra para milhões de trabalhadores e camponeses pobres deste país que têm às vezes um pedaço insuficiente de terra para viver ou nenhum, mas ao mesmo tempo nós queremos que a reforma agrária no Brasil contribua para esse caminho de sucesso, que é o caminho de um setor de pequenos agricultores familiares", afirmou. A presidenta disse, durante discurso, que o Brasil precisa da agricultura familiar para se "transformar em uma grande nação". "Se de fato nosso objetivo é construir uma nação desenvolvida (…) é fundamental olhar para a agricultura familiar como um dos elementos estratégicos para que o Brasil seja de fato essa nação desenvolvida, essa nação sustentável e sobretudo para que nós tenhamos um tecido social de fato de classe média, um tecido social de agricultores familiares que tenham acesso à riqueza, que sejam agricultores familiares e não agricultores pobres", afirmou. Dilma disse ainda que, no âmbito da reforma agrária, é preciso garantir condições aos assentados para que se tornem pequenos agricultores com capacidade de produção. "A nova lógica da agricultura familiar não olha a reforma agrária pura e simplesmente como distribuição de terra, porque ela não pode ser só isso, a reforma agrária tem de ser a forma pela qual se garanta o acesso à terra, mas também que se garantam as condições de desenvolvimento para as populações que acedem a essa terra. De nada adianta a distribuição de terra e a permanência das populações rurais na extrema pobreza", disse. A presidenta disse também que o governo lançará nos próximos dias o Pronacampo, que será um programa voltado para a educação da população rural.
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