sexta-feira, 9 de março de 2012

Juiz condena réu e o ofende pela internet

Juiz? Justiça? Isso é política, não tem nada a ver com justiça: autoridade a serviço de alguns ricos e poderosos. Justiça é o oposto: autoridade a serviço do cidadão comum, anônimo, que só tem a lei para protegê-lo. (Mesmo num caso assim a internet tem seu valor, porque ela não cria nada, só torna possível a expressão do juiz por suas próprias palavras, e não por meio de um veículo da velha imprensa; possibilita que pessoas comuns o respondam, e não só jornalistas e outras matérias; torna a autoridade um indivíduo comum, vista por todos; enfim, democratiza a expressão e a opinião. O mais importante é que ela veio para ficar, revolucionando a comunicação: alguém imagina que seja possível retroceder nisso, que a humanidade aceite abolir a liberdade de expressão que a internet inaugurou?)

Do Repórter Brasil.
Magistrado ataca no Facebook jornalista que denunciou grilagem no Pará
Criticado após condenar Lúcio Flávio Pinto por utilizar o termo "pirata fundiário", juiz Amilcar Guimarães passou a fazer ofensas pela internet Por Daniel Santini Frente às críticas que vem sofrendo no Pará e em todo o país pela maneira como condenou o jornalista Lúcio Flávio Pinto a pagar indenização por danos morais ao latifundiário Cecílio do Rego Almeida, o juiz Amilcar Guimarães, titular da 1ª Vara Cível de Belém, passou a fazer ataques pessoais públicos pela internet. Em sua página na rede social Facebook, o magistrado tem ofendido repetidamente o réu que julgou. Em uma das mensagens que escreveu, o juiz o chamou de "pateta", "canalha" e lembrou que, em ocasião anterior, ele recebeu "bons e merecidos sopapos no meio da fuça". Nesta quinta-feira, 8 de março, voltou à carga chamando de "carpideira" quem se ofendeu com seus posts das últimas semanas. Procurado pela Repórter Brasil, Lúcio Flávio descartou entrar com uma ação por danos morais contra o magistrado por não acreditar na isenção dos tribunais do estado. Ele diz que a condenação que sofreu foi política e que não tem esperança de obter qualquer sentença favorável na Justiça local, qualquer que seja o contexto.
A íntegra.