sexta-feira, 25 de maio de 2012

Lacerda lota na prefeitura ex-funcionários da sua empresa

Não é exagero dizer que o prefeito de Belo Horizonte administra a cidade como se fosse sua empresa. Como diz o Movimento Fora Lacerda!: "minha empresa, meu governo".

Do Estado de Minas. 
Prefeito de BH emprega 11 antigos funcionários em cargos de confiança 
Marcio Lacerda leva ao pé da letra a expressão cargo de confiança e instala em postos importantes da prefeitura ex-funcionários de suas companhias do setor de telecomunicações
Por Leonardo Augusto e Alice Maciel, 25/5/2012
Ninguém nunca levou a expressão "cargo de confiança" tão a sério quanto o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB). Ex-empresário, o chefe do Poder Executivo municipal mantém os principais postos da administração central e de empresas públicas nas mãos de ex-funcionários da Construtel e Batik, companhias do setor de telecomunicações que pertenceram a ele – a primeira foi desativada e a segunda Lacerda vendeu. A Secretaria de Governo, uma espécie de central para orientação político-administrativa a todas as outras pastas, empresas, fundações e autarquias municipais, está sob o comando de Josué Valadão. O escolhido de Lacerda para o cargo foi diretor de Sistemas da Construtel, onde respondia, por exemplo, pelas linhas telefônicas implantadas pela empresa, principalmente na década de 1990. O responsável pela Secretaria de Assuntos Institucionais, Marcello Abi Saber, era o braço direito do prefeito na Batik, fornecedora de equipamentos de telecomunicações, onde ocupava o cargo de diretor-geral. "Era quem mandava quando Lacerda não estava por perto", diz um ex-funcionário da empresa. Hoje, as funções de Abi Saber envolvem muito mais poder de articulação do que de determinar o que deve ou não ser feito. O secretário faz a ponte entre a prefeitura e a Câmara dos Vereadores, discutindo projetos de lei que o governo quer aprovar e também os que pretende derrubar. Na Secretaria de Serviços Urbanos, Lacerda lotou Píer Giorgio Senesi Filho. Ex-diretor-geral da Construtel no Chile, o auxiliar do prefeito foi ainda seu tesoureiro na campanha eleitoral de 2008.
A íntegra.