terça-feira, 20 de novembro de 2012

O criador de super-herois

As primeiras leituras que eu devorei foram as histórias em quadrinhos do Stan Lee. O autor do artigo também é um grande escritor.

Do Diário do Centro do Mundo.
O artista mais influente da história da cultura pop 
Por Dagomir Marquezi 

Nenhum outro artista tem tanta influência sobre a cultura pop quanto Stan Lee. Esse simpático senhor passou meio século criando e administrando uma complexa mitologia de seres extraordinários — como Thor, Homem- Aranha e Homem de Ferro —, que se perpetua por meio de HQs, games e filmes. Daí a pergunta: onde está o Nobel de Literatura de mister Lee? Pode parecer descabido para quem só se lembra do tiozinho que fala dos deuses da vida real no programa Os Super-Humanos de Stan Lee (no canal pago History Channel), em que apresenta casos reais e extraordinários — um homem imune à eletricidade, outro que controla o magnetismo —, mas, analisando o conjunto da obra, o gênio da Marvel está mais do que habilitado à comenda.
A animada vida de Stanley Martin Lieber — e das criaturas que viria a inventar — começou em 28 de dezembro de 1922, na cidade de Nova York. Seu pai, Jack, lhe ensinou duas coisas básicas: 1) nunca pare de trabalhar; e 2) leia muito. A mãe, Celia, contava que ele traçava as aventuras de Sherlock Holmes, os livros de Tarzan e até Shakespeare. Aos 17 anos, empregou-se como office boy na editora Funnies — e logo estava escrevendo roteiros de  quadrinhos. Mas Stan cansou-se logo de histórias bobas. Pensava em desistir. Até que o dono da editora, Martin Goodman, lhe mostrou o sucesso da concorrente — A Liga da Justiça da América, que reunia Superman, Batman e a Mulher-Maravilha — e propôs a Lee uma revista com um time de heróis da casa. "Queria escrever histórias que não insultassem a inteligência do leitor. Que eu mesmo tivesse prazer em ler", lembra.
A íntegra.