sábado, 23 de março de 2013

PM bate em mulher

Vídeo mostra a absurda atuação da Polícia Militar em Minas, que está completamente fora de controle. Uma operação de guerra e dezenas de policiais para prender, algemar e agredir duas cidadãs que cometeram uma infração banal de trânsito. Como diz a moça no vídeo: "Se tivesse roubado, não aparecia um guarda. Para prender duas mulheres que entraram num lugar errado, nove viaturas e uma moto". A questão de sempre, cada vez mais evidente para todos: a PM continua sendo a mesma da ditadura, não está preparada para suas tarefas atuais, num Estado democrático, em que as pessoas têm direitos e a lei está acima da autoridade. Mais uma vez a internet funciona como novo jornalismo, que qualquer pessoa pode fazer.


Do jornal Hoje em Dia
Com a testa machucada, empresária denuncia truculência da PM 
Carlos Calaes
Após o Hoje em Dia noticiar um vídeo em que mãe e filha denunciam uma operação desastrada da Polícia Militar, que teria transformado uma simples ocorrência de trânsito em uma exposição de truculência e abuso de autoridade, uma das envolvidas, a empresária Mardelle Salomão, de 56 anos, acusa o policial militar de tê-la agredido. "A polícia precisa ser melhor preparada. Não pode tratar as pessoas com tanta brutalidade, como se nós fôssemos animais."
Ainda muito atordoada, com uma grande cicatriz em forma de "V" na testa, se queixando de dores no pescoço e se recuperando de uma infecção urinária, pois alega ter sido impedida até de ir ao banheiro, Mardelle, mãe da estudante Caroline Salomão, disse que defenderia a filha até a morte.
Confira entrevista com Mardelle Salomão

Como a senhora avalia esse episódio?
Vejo que certos policiais militares não estão devidamente preparados para lidar com as pessoas. Essa era uma situação simples, que se transformou num filme de terror.

Como a senhora foi ferida?
Eu voltava da plataforma depois de embarcar minha outra filha para o Rio, quando vi a Caroline sendo agredida. Corri para defendê-la e, quando a abracei, recebi um golpe de algemas na testa.

E a partir daí?
Começou a sangrar muito e ficamos muito nervosas, principalmente quando os policiais insistiram em nos separar. Ali, eu morreria por minha filha, mas não a deixaria sozinha.

A senhora teve medo de coisa pior?
Sim. Cheguei a ouvir um policial dizer que seria melhor me dar um "sossega-leão". Eu tinha que ficar consciente, pois temia que eles nos separassem, que sumissem com a gente.
A íntegra.