segunda-feira, 24 de junho de 2013

Infiltração de provocadores e neofascistas põe manifestações populares em alerta

As polícias militares são estaduais. Se os governadores não querem violência, basta que dêem ordem aos seus comandantes para que não atirem balas nem bombas contra manifestantes pacíficos e ao mesmo tempo prendam os manifestantes violentos.
Como as imagens e depoimentos têm mostrado, a atuação de diversas polícias -- especialmente as de Minas e São Paulo --  é o contrário disso: batem covardemente nos manifestantes pacíficos e permitem a atuação livre dos baderneiros, obviamente provocadores -- aquele brancão sarado e bem vestido que depredou a prefeitura de São Paulo, por exemplo, foi liberado "por falta de provas".
Basta que os governos alinhados ao governo federal atuem dessa forma, para distinguir dois padrões de comportamento e evidenciar o caráter político das manifestações violentas e do apoio a estas pela imprensa de direita.

Do Spresso SP.
Periferia em alerta: diante das mobilizações nacionais, coletivos criam frente periférica contra fascistas 
Por Sâmia Gabriela Teixeira
Cerca de cem artistas, lideranças comunitárias, militantes de coletivos culturais e movimentos sociais das periferias de São Paulo se reuniram na última sexta-feira (21/6/13) para discutir o atual cenário político do país, avaliado pelos presentes como imprevisível e alarmante, e criar uma frente periférica antifascistas e golpistas.
O receio da má informação que a grande imprensa e os canais na internet podem passar também é uma preocupação geral entre as lideranças. Jair, militante da região, ressaltou "a importância de desconstruir notícias falsas e eventos suspeitos na rede virtual", citando a reportagem fictícia que afirma a suposta intenção presidencial de bloquear o acesso à internet no Brasil, e a "greve geral" convocada nas redes sociais. O criador do evento, também dono da página do nebuloso PSPC (Partido da Segurança Pública e Cidadania), aparece em foto do perfil portando arma e defendendo, publicamente, campanha pró-armamento.
Contra essa movimentação de contornos fascistas nas redes, Hamilton, do coletivo cultural do Teatro dos Oprimidos, acredita que é urgente consolidar a união das redes das periferias, e fortalecer o trabalho verdadeiro dos militantes. "É urgente. O que eu sinto é que estou prestes a perder a minha voz. Temos de usar a cultura, arte e política como elemento aglutinador, e não aceitar ações de antipartidarismo, tão contraditório e antidemocrático."
A íntegra.