segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A anistia aos policiais no Rio

A decisão corporativista ocorre porque polícia é militar e seu comandante é um membro da corporação. É diferente em países mais democráticos, em que a polícia é civil e seu comandante um especialista em segurança, subordinado a um político; neste caso o espírito de corpo prevalece o interesse público, porque o comandante não tem os mesmos interesses pessoais dos subordinados. Elementar. Por ser uma corporação armada e independente, a PM mantém a sociedade como refém, e caso seja contrariada dispõe de armas para se rebelar -- isso já aconteceu em Minas Gerais. É evidente que se trata de uma situação potencialmente explosiva.

Do jornal O Globo. 
Beltrame diz que decreto que anistia policiais militares pode ser revogado
Isabel Araújo e Lara Mizoguchi
O secretário de Segurança do estado, José Mariano Beltrame, não aprovou a decisão do comandante-geral da PM, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, de anistiar as punições administrativas na Polícia Militar. O decreto publicado na última sexta-feira abrange casos de 4 de outubro de 2011 até agora e beneficiará 450 PM, ou 1% da tropa. Beltrame disse neste domingo, no 15º BPM (Duque de Caxias), que cobrará explicações do comandante e, dependendo das respostas, poderá revogar o decreto. A decisão do secretário causou polêmica e dividiu a tropa. Pelo perfil do Facebook do comandante da PM, alguns policiais defenderam a decisão do coronel. "Da maneira como foi colocado e apresentado o decreto eu não gostei. Precisamos, sem dúvida nenhuma, explicar melhor o que são estes pequenos delitos, sobretudo para a sociedade. Eu aguardo explicações efetivas do que significa isso", reclamou Beltrame.
A íntegra.