terça-feira, 18 de março de 2014

Até quando favela será campo de guerra? Até quando a PM continuará matando?

Dilma ficou chocada. O governador do Rio considerou abominável. Todos nós nos revoltamos, mas ao contrário de nós, os dois têm poder de mudar a realidade. Não se trata de punir, mas de transformar radicalmente as polícias e a segurança pública, para que façam o que precisa ser feito -- prender bandidos e proteger a população -- e não o contrário -- matar inocentes e ser cúmplice de bandidos -- que vemos acontecer diariamente. Dilma e Cabral têm pelo menos poder formal. Por que não agem? Não têm poder real? A poder da PM está acima do poder dos governos estaduais e federal?
PS: Uma iniciativa importante contra a impunidade policial é o projeto de lei que abole o auto de resistência, instrumento criado durante a ditadura, pelo qual a polícia mata e diz que o morto resistiu, e assim não há investigação do crime.
PS2: Quando um policial faz uma barbaridade assim, já tinha cometido outros crimes antes, impunemente. 

Do Uol.
Dilma diz que morte de mulher arrastada por carro da PM 'chocou o país'
A presidente Dilma Rousseff publicou em sua página no Twitter na manhã desta terça-feira (18) mensagens de pesar pela morte de Cláudia da Silva Ferreira, baleada durante ação da Polícia Militar na favela no último domingo (16) no morro da Congonha, em Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro, e arrastada pelo carro da PM no caminho para o hospital.
"Cláudia da Silva Ferreira tinha quatro filhos, era casada havia 20 anos e acordava de madrugada para trabalhar em um hospital, no Rio. A morte de Claudia chocou o país", escreveu a presidente. "Nessa hora de tristeza e dor, presto a minha solidariedade à família e amigos de Cláudia."
Cláudia foi encontrada baleada pelos policiais no alto da favela, depois de um tiroteio. Dois subtenentes e um soldado do batalhão da PM de Rocha Miranda resolveram colocá-la no porta-malas do carro da polícia. No trajeto para o hospital, o porta-malas se abriu e ela foi projetada para fora do carro, sendo arrastada pelo veículo. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a vítima já chegou morta ao Hospital Carlos Chagas.
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou, durante cerimônia de inauguração do novo trem da SuperVia, que a morte de Cláudia foi "abominável".
A íntegra.