domingo, 2 de março de 2014

Ricos sonegam mais do que Brasil gasta com educação e saúde

Esta é uma daquelas notícias que Globo, Folha, Veja etc. e a internet de direita não vai dar.
Empresários brasileiros vivem protestando contra o "alto custo Brasil" mas de fato não pagam os impostos dos quais reclamam.
A sonegação equivale a 17 anos de Bolsa Família.
Quando se fala em problemas sociais no Brasil é preciso ir além de criticar o governo e ver para onde vai o dinheiro que não é usado no que a população precisa.
Sonegação, empréstimos do BNDES a grandes empresas, renúncias fiscais, ajudas ao agronegócio e incentivos a multinacionais consomem grande parte do dinheiro que deveria ser usado em educação, saúde, transportes etc.
Quem não se lembra da CPMF, um imposto ridículo que era usado na saúde, mas que os ricos não podiam sonegar e por isso tanto fizeram até derrubá-lo?

Da Rede Brasil Atual.
Sonegação de impostos no Brasil supera orçamentos de Educação e Saúde 
por Rodrigo Gomes

São Paulo – A sonegação de impostos no Brasil superou R$ 415 bilhões em 2013. O valor corresponde aproximadamente a 10% de toda a riqueza gerada no país durante o período e é maior que os orçamentos federais de 2014 para as pastas de educação, desenvolvimento social e saúde, somados. Neste ano, o total de impostos e tributos não recolhidos já se aproxima dos R$ 68 bilhões. Os dados são do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), que organiza o painel Sonegômetro.
O serviço calcula, a partir de estudos daquela entidade, o total de impostos e tributos que deveriam, mas não são pagos, por obra das chamadas pessoas jurídicas, isto é, empresas em geral, de todos os ramos e tamanhos. Para comparação, o programa social do governo federal Bolsa Família tem R$ 24 bilhões ao ano para atender 14 milhões de famílias. Portanto, o que foi sonegado no ano passado equivale a 17 anos do programa.
Ainda segundo o Sinprofaz, a soma dos tributos devidos pelos brasileiros, constantes na Dívida Ativa da União, ultrapassa R$ 1,3 trilhão, quase um terço do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 que foi de R$ 4,84 trilhões.
A íntegra.