quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

12 lá, 12 aqui; "somos todos Charlie"

No dia 1º encontrei na rua com o Nilson, o maior desenhista mineiro, e, conversando sobre quadrinhos, falamos do Charlie Hebdo.
Wolinski, um dos doze assassinados hoje, foi um dos meus ídolos dos quadrinhos na juventude. Como quase todos os grandes quadrinistas das décadas de 60 e 70, apareceu no Brasil nas páginas do Grilo. Depois vieram os álbuns publicados pela revista Status e pela editora L&PM, de Porto Alegre. Tenho-os até hoje, continuam geniais.
Naquela época, os quadrinhos eram muito mais libertários, muito mais ousados e irreverentes. O que aconteceu hoje parece um absurdo retrocesso na liberdade de expressão.
7 de janeiro é o 8 de dezembro dos quadrinhos.
Je suis Charlie.
Hoje também o jornal Estado de Minas demitiu 12 dos seus mais antigos e renomados jornalistas.