quinta-feira, 28 de junho de 2012

Veja BH é filha da outra

Nem bem renasceu, a Veja BH, que antes se chamava Veja Minas, também chamada de Vejinha, já mostra a que veio: reproduzir em âmbito local o mau jornalismo da "Vejona". E começou fazendo (talvez diretamente encomendado em Sampa) o elogio da verticalização da Pampulha. Os moradores reagiram. Desse jeito (e a Veja consegue ser diferente?) não vai levar um ano para ser rejeitada pela população e fechar, como da primeira vez. Pra puxar saco do prefeito e do governador e servir ao lobby das construtoras não precisamos de revista paulistas, já temos revistas belo-horizontinas.

Do saite do Movimento das Associações de Moradores de Belo Horizonte, 12/6/2012.
Pampulha -- Indignação à matéria da Veja BH
Moradores e Associados,
Na semana passada a revista Veja BH publicou matéria com o título “Vida Nova à Pampulha“, que encontra-se anexada a este.
Na referida matéria, os moradores, são responsabilizados pelo isolamento que vive a região.
Assim sendo, as associações Apibb, Pró-Civitas e Apam, escreveram uma carta à revista esclarecendo os fatos e mostrando a indignação de todos nós.
Carta enviada segue abaixo.
Prezados Senhores,
As associações Pró-Civitas e Apibb – Associação Pró-Interesses do Bairro Bandeirantes, representantes dos moradores dos bairros São Luís, São José e Bandeirantes e Apam – Associação dos Amigos da Pampulha expressam, no texto abaixo, o sentimento dos moradores da região acerca da matéria, equivocada, da jornalista Paola Carvalho, publicada na revista Veja BH com o título "Vida nova à Pampulha" e solicitam a publicação da resposta abaixo. 

Matéria Veja BH – Vida nova à Pampulha 
Moradores da Pampulha receberam com enorme indignação e tristeza a matéria "Vida Nova à Pampulha", principalmente na semana em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente e em que o Brasil recebe mais de 100 chefes de Estado para o encontro Rio + 20.
Desde quando construir prédios com mais de 9 metros e morar próximo de shoppings e academias é sinônimo de desenvolvimento?
Desde quando construir no limite legal de 9 metros impossibilita a oferta de serviços em área criada e desenvolvida para ser preservada nesta condição?
Desde quando desrespeitar as leis, destruir a história e o meio ambiente de uma região é sinônimo de progresso?
Desde quando fechar os ouvidos aos que vivem na região é sinônimo de desenvolvimento?
Informamos que para a liberação dos hotéis mencionados na matéria várias ilegalidades estão sendo cometidas.
Por que a reportagem não mencionou a construção, legal, de um hotel em frente ao Iate Tênis Clube, bem na orla da lagoa?
Estejam certos de que os moradores da Pampulha pensam diferente do que foi exposto!
Para nós, progresso é lagoa limpa e desassoreada, rede de esgoto, preservação de nascentes, ar puro, respeito à natureza, às leis e ao patrimônio de nossa cidade.
Estejam certos de que os moradores da Pampulha estão cada vez mais unidos em defesa da Pampulha, das leis vigentes e da NÃO verticalização irracional.
E mais, sempre apoiados por estudos técnicos e assessorias de especialistas da área ambiental, jurídica, de engenharia, muitos deles do corpo docente da vizinha UFMG.
Juliana Vaz
Pró-Civitas – Associação dos Bairros São Luís e São José
Ronan Horta
Apibb – Associação Pró-Interesses do Bairro Bandeirantes
Flávio Marcus
Apam- Associação dos Amigos da Pampulha